sexta-feira, 26 de junho de 2009

Parabéns pra mim!

Que eu seja muito feliz!!! Amém!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cansaço


O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo, cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço, cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser... E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa

domingo, 7 de junho de 2009

Você




“ Quando você cai dentro
Do meu coração
É como se o sol e a lua
Se esparramassem pelo chão ”

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Liberté


Em alguns momentos me sentir livre não significa me desprender de algo externo, mas sim de algo que esta aqui dentro, dentro de mim. Ultimamente essa vontade está cada vez mais significante. O meu maior medo é de ser uma pessoa rasa, superficial, sei que não sou assim, que busco cada vez mais descobrir aquilo de mais profundo que existe em mim. Mas cada vez mais essa descoberta parece estar mais longe, é como um buraco sem fim. Às vezes me causa uma grande alegria, muitas vezes um temor e na maioria do tempo uma grande angústia. A impressão que tenho é que tal descoberta realmente não vai chegar nunca ao seu ponto final, pois o ser humano está sempre em constante descobrimento e tranformação, mas às vezes acho que para chegar no fim desse buraco há de se arriscar, de se descabelar e superar limites e emoções. É como uma depressão muito forte, onde é necessário chegar ao fundo do poço para começar algo novo e melhor. Essa é a sensação que tenho, que preciso chegar no fundo, mas esse fundo é longe e escuro e isso me causa um certo desconforto pois ao mesmo tempo que me instiga me intimida também. Como quebrar barreiras com você mesmo? Como ser você mesmo? O que é você mesmo?Qual a sua máscara neutra? O que faz parte do seu eu mais interior? Perguntas que talvez a maturidade me traga, talvez não. Confesso que não quero saber as respostas, e sim vivenciá-las. Por dentro de mim há uma menina saindo da casca, se descobrindo no seu novo papel de mulher, fazendo escolhas, procurando o equilíbrio e construindo aquilo que acredita ser...por fora uma mulher que ainda se pergunta como uma menina:
- Mas porquê?
*
*
*
*
"Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. "
(Cora Coralina)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Certas canções




"Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece:
Como não fui eu que fiz?!"