sexta-feira, 29 de maio de 2009

Segue o seco


Depois de uma semana tocando "Cuitelinho", para a alegria de todos que convivem comigo aprendi uma música nova! A música dessa semana é Segue o Seco, antiga mas muito linda, a letra é do Carlinhos Brown mas a música foi gravada pela Marisa Monte, uma das minhas cantoras preferidas.

A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca

Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
Sem sacar que o espinho é seco
Sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino secará

Ô chuva, vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ô chuva, preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão

Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser coco derramando

A boiada seca...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Leite Derramado


Para quem ainda não leu o ultimo romance de Chico Buarque, aí vai uma boa dica para um livro sensível e envolvente (como tudo que o Chico escreve).
Um trechinho...
Cap. 09 - Pag. 49
"Quando eu morrer, meu chalé cairá comigo, para dar lugar a mais um edifício de apartamentos. Terá sido a última casa de Copacabana, que então se igualará à ilha de Manhattan, apinhada de arranha-céus. Mas antes disso, Copacabana se assemelherá a Chicago, com policiais e gangsters trocando tiros pelas ruas, e ainda assim dormirei de portas abertas. Pouco importa que entrem meliantes pela minha casa, e mendigos e aleijados e leprosos e drogados e malucos, contando que me deixem dormir até mais tarde."

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Há 11 anos atrás...

...nascia a minha pequena Amarílis!
Parabéns Lili...bêbe gordo da Tia Naninha! Amo você!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Para todo FIM um RECOMEÇO!

"Bem que se quis
depois de tudo ainda ser feliz
mas já não há caminhos pra voltar.
O que é que a vida fez na nossa vida?
O que é que a gente não faz por amor?
Mas tanto faz,
já me esqueci de te esquecer porque
o teu desejo é meu melhor prazer
e o meu destino é querer sempre mais
a minha estrada corre pro seu mar
Agora vem pra perto vem
vem depressa vem sem fim dentro de mim
que eu quero sentiro teu corpo pesando sobre o meu
vem meu amor vem pra mim,
me abraça devagar,
me beija e me faz esquecer."

sábado, 16 de maio de 2009

Deixa ser como será...


"Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, e o que não mata com certeza fortalece. Às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze.Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal.Quem te merece não te faz chorar, o 'cuidar' é pra quem se gosta, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos. Não fique preocupado se você nunca sabe quem está se apaixonando pelo seu sorriso!O que você ainda não aprendeu, amanhã, ao despertar, lhe fará compania!”.
(Autor desconhecido)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Bela

A Bela...
Bem a Bela é uma dessas pessoas que aparecem em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem! Precisava de alguém para dividir apartamento em BH, primeiro período de psicologia na Puc, quase tudo dando certo, mas faltava alguém pra dormir no outro quarto do meu ap. Foi quando uma amiga, de uma amiga de uma amiga (essas coisas são sempre assim) me disse que conhecia uma menina do jornalismo que estava na situação perfeita para mim: DESESPERADA POR UM QUARTO. Lá fui eu falar com ela, se a primeira impressão é a que fica, no meu caso posso garantir que não funciona. Ela fuma. Não, não serve. Pensei eu com a minha rinite. Mas logo que começamos a conversar senti uma energia boa. Marcamos uma visita. Uma semana depois ela já estava lá. Acordava ouvindo Bob Marley, tomava banho ouvindo Caetano e arrumava casa ouvindo Jorge Ben (arrumava muito bem diga-se de passagem). Tinha mania de ser engraçada. Fazia regime da lua. Tinha crise de risos. Gostava de coisas estranhas. Me despertava uma certa curiosidade. Sofria comigo. Cantava comigo. E ouvia meus lamentos, que não eram poucos. Quantas vezes me ouviu chorar ouvindo Olhos nos Olhos.Mal sabe ela o quanto chorei quando ela se foi, lendo a cartinha que deixou em cima da minha cama. Fez falta. E faz até hoje. Fazia jornalismo, como eu. Mudou para psicologia, como eu. Também gostava de borboletas, como eu. Chegou de mansinho, foi embora de fininho, mas conquistou um lugarzinho que ela sabe. Ela sabe.
Minha homenagem a essa pequena grande amiga! Só saudades...

Canção Mínima

No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta, e,
sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.
(Cecília Meireles)
Mais uma do meu livrinho...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cecília


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.


(Cecília Meireles)


A Cecília está entre os meus autores preferidos; "entre"porque seria muita injustiça escolher o melhor entre todos os escritos maravilhosos que eu tanto amo. É como perguntar para uma mãe qual filho ela gosta mais. Mas confesso que ela, assim como a minha mãe e a Clarice Lispector, possui um lugarzinho especial na minha prateleira de livros. Apesar de muito conhecida, ela ainda é uma descoberta para mim. Hoje comprei um livro de poesias dela, aqueles pequenininhos de bolso...vim lendo no metrô, na escada rolante, na rua, no elevador...é incrível como ela consegue me prender dentro das suas obras e idéias! Entre poemas conhecidos e outros que agora são, fui envolvida pelo seu charme literário. Na verdade somos muito parecidas, temos muito em comum...somos fortes, determinadas, corajosas, porém, frágeis, delicadas, sensíveis... agradeço por tê-la como influência na minha vida, pois a admiro de todas as formas: como poeta e como pessoa. Para quem ainda não sabe, Cecília desde cedo teve uma vida marcada de muitas perdas, o que não a deixou amarga nem derrotista. Motivos não faltariam. Seu pai morreu três meses antes dela nascer. Sua mãe morrreu três anos depois. Foi criada então pela avó materna e pelos três irmão mais velhos - Victor, Carmen e Celeste- que também faleceram ainda jovens. Seu primeiro marido, o artista plástico Fernando Correia Dias, se matou em função de uma crise de depressão aguda. Cuidou sozinha de suas três filhas. Se consagrou como uma das maiores escritoras brasileiras, ganhou diversos prêmios e viajou por muitos países divulgando suas proezas e poesias... e sempre sorrindo!

Constant Emotion

Sim, eu sempre fui de natureza instável. Desde pequenininha já fazia jus ao apelido que conquistei ainda bebê: Nana Drama. O fato é que não da pra ignorar que tais sintomas se agravaram, e muito, com o passar dos anos. Minhas mãe costuma dizer que as minhas emoções são como uma gangorra, ora estou muito feliz, ora muito triste. É, eu nunca fui uma pessoa mediana mesmo, em nada. Com as emoções não poderia ser diferente. Confesso que invejo um pouco aqueles que conseguem ter um equilíbrio emocional profundo, nunca me contento com um 36...37...pra mim tem que ser sempre 8 ou 80. Em alguns pontos isso é muito bom, me leva pra frente, me faz viver tudo com intensidade, emoção, paixão, mas, como tudo, tem o seu lado ruim. Ultimamente esse lado tem me preocupado um pouco. Mas tenho procurado cada vez mais um bem-estar. Bem-estar esse que envolve várias coisas. Tenho tido mais tempo pra mim, e isso é uma delícia. Tenho feito muitos planos, comecei a colocar a vida e os pensamentos em ordem e tenho conseguido, até o dia em que resolvo ver um filme, em um sábado de manhã, na casa de uma amiga, e esse, mesmo sem intenção, me derruba com um golpe no peito me fazendo chorar por horas e horas, como uma criança que sente saudades da mãe. Seria isso sensibilidade ou desequilíbrio? Pra quem já assistiu O Leitor, talvez seja mais fácil entender o que eu estou falando, aquela cena em que Michael grava as histórias e manda para Hanna na prisão me comoveu profundamente. Talvez eu esteja fazendo drama, mas ainda acho que o drama já estava feito e tudo não se passou de uma enorme influência da lua cheia sobre o signo de câncer. Acupuntura melhora muito, mas o teatro piora. Talvez com os dois consiga um equilíbrio, mas a sensação que tenho é que só vai passar no dia em que eu me libertar e conseguir me livrar dela de vez. Ela que me prende, me sufoca, me afoga nas minhas próprias lágrimas, a minha auto-crítica. Não tem nada pior do que ser julgado por você mesmo. Isso, mostra o quanto a minha opinião sobre eu mesma têm importância para mim. Porque quando um julgamento sobre a minha pessoa parte de uma terceira pessoa, se isso não for construtivo (não vou dizer que não me afeta, porque estaria sendo hipócrita), mas posso afirmar que não me faz perder o sono, tão pouco me desenvolve uma gastrite nervosa. Esse processo de auto-aceitação tem sido, no momento, o meu maior desafio. Porque se eu sou assim, aceito a condição de ser quem eu sou, com a condição de ter emoção, sempre. E paro de procurar uma explicação. Afinal, como diz Guimarães Rosa:


"A felicidade se acha em horinhas de descuido!"


E eu sou tão descuidada...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Midnight Clowns

Com esquetes inéditas, os Doutores da Alegria retornam ao palco com o espetáculo adulto “Midnight Clowns”, em única apresentação, dias 8 e 9 de maio, na meia-noite de sexta para sábado e de sábado para domingo.
Artistas do grupo e atores convidados dividem as cenas em pequenos números reunindo diversos gêneros. Ao todo serão oito apresentações em 2009, duas em cada estação do ano.
Criado no formato de uma paródia de programa de auditório, Midnight Clowns é conduzido pelo mestre de cerimônias Kalvin Clown (personagem do ator Wellington Nogueira), que apresenta as gags, esquetes, solos e “bobagens” criadas por artistas. Sempre com bom humor, o palhaço Kalvin é acompanhado pelas atrizes Soraya Saide e Thaïs Ferrara (Midnight Girls); pela Bandinha Midnight Clowns, que se utiliza de instrumentos pouco convencionais para criar a trilha sonora original ao vivo e pela crítica especializada Elizabeth de Queen e sua implacável avaliação dos números de palhaços.
O encontro foi realizado pela primeira vez há 14 anos, alcançando sucesso de público e crítica desde então. Firmou-se como um ponto de divulgação da arte do palhaço, proporcionando um espaço de exibição do trabalho de diversos artistas e, ao mesmo tempo, divertindo o público.
Midnight Clowns
Dia: 8 e 9 de maio, meia-noite de sexta para sábado e de sábado para domingo.
Teatro Jaraguá
Endereço: Rua Martins Fontes, 71 – Centro
Tel: (11) 3255-4380
Horário: meia-noite
Capacidade: 278 lugares
Duração: 90 minutos
Ingresso: R$ 20 - inteira e R$ 10 - meia.
Os ingressos também podem ser comprados pelo site: