"Quando eu te vi
Eu me encontrei
Eu me perdi
Foi tão doce de sentir
O que provei!
Quando te vi
Em ti me achei
É você o meu amor,
Agora eu sei"
Não é nada fácil esse meu novo papel de mãe, noites em claro, hormônios à flor da pele, preocupações inevitáveis... mas um imenso amor que não para de crescer! É trabalhoso, mas extremamente prazeroso! Dizem que ser mãe é sorrir em parafuso, e é mesmo! Junto com toda a alegria e ansiedade da espera do bebê chegaram junto as aflições e inseguranças normais da mamãe aqui de primeira viagem. Me preparei sim, achava eu, li revistas e livros, vasculhei quase todos os sites, fiz curso de pais e descobri, na prática, que a única pessoa que pode me ensinar a ser mãe é a minha filha! É um entendimento único, um olhar, um gesto, um toque e entre uma mamada e outra nós vamos nos conhecendo, nos entendo e nos amando cada vez mais. Inevitável não pensar na ligação que existe entre eu e ela, a minha mãe, que certamente sorriu em múltiplos parafusos pra mim e tento lembrar (como se fosse possível) de como era estar nos braços dela e me pego diversas vezes pensando no amor que ela sente por mim, o mesmo amor que sinto quando estou com Cecília no colo, essa ternura que só mãe tem e que só mãe sabe o que é! Nas noites de insônia e de extremo cansaço me recordo dos cursos de palhaço onde aprendi que uma das funções do riso é justamente a de despertar o que a vida nos exige em momentos de tensão: a elasticidade do corpo e do espírito! E é por isso que sorrio pra ela, e ela sorri pra mim! É, a minha mãe estava certa quando me disse que os pais aprendem muito mais com os filhos do que os filhos com os pais, e eu que ainda estou no começo das minhas aulas de "como é ser mãe" já posso concluir que filhos colocam nossos pés no chão e nossas cabeças nas nuvens.