quinta-feira, 4 de junho de 2009

Liberté


Em alguns momentos me sentir livre não significa me desprender de algo externo, mas sim de algo que esta aqui dentro, dentro de mim. Ultimamente essa vontade está cada vez mais significante. O meu maior medo é de ser uma pessoa rasa, superficial, sei que não sou assim, que busco cada vez mais descobrir aquilo de mais profundo que existe em mim. Mas cada vez mais essa descoberta parece estar mais longe, é como um buraco sem fim. Às vezes me causa uma grande alegria, muitas vezes um temor e na maioria do tempo uma grande angústia. A impressão que tenho é que tal descoberta realmente não vai chegar nunca ao seu ponto final, pois o ser humano está sempre em constante descobrimento e tranformação, mas às vezes acho que para chegar no fim desse buraco há de se arriscar, de se descabelar e superar limites e emoções. É como uma depressão muito forte, onde é necessário chegar ao fundo do poço para começar algo novo e melhor. Essa é a sensação que tenho, que preciso chegar no fundo, mas esse fundo é longe e escuro e isso me causa um certo desconforto pois ao mesmo tempo que me instiga me intimida também. Como quebrar barreiras com você mesmo? Como ser você mesmo? O que é você mesmo?Qual a sua máscara neutra? O que faz parte do seu eu mais interior? Perguntas que talvez a maturidade me traga, talvez não. Confesso que não quero saber as respostas, e sim vivenciá-las. Por dentro de mim há uma menina saindo da casca, se descobrindo no seu novo papel de mulher, fazendo escolhas, procurando o equilíbrio e construindo aquilo que acredita ser...por fora uma mulher que ainda se pergunta como uma menina:
- Mas porquê?
*
*
*
*
"Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. "
(Cora Coralina)

Um comentário:

Renan Botelho disse...

Naná, após me emocionar ontem, resolvi acordar hoje cedo e ler novamente seu blog. E acho que uma frase que ouvi a um "bocado" de tempo, lhe cai bem. É de Confucio e ele diz o seguinte:

"Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas."

Então não busque respostas e sim compreenda as perguntas!

Um Beijo Naná!!