domingo, 2 de novembro de 2008

Eu comigo mesma!

É engraçado ver fotos de quando vc é pequeno. Ao mesmo tempo que mudei tanto continuo a mesma pessoa!!! Hoje estava pensando na minha vida, nas minhas escolhas, nos caminhos que escolhi e aqueles em que eu não tive escolha!!! Concordo com Chaplin quando eles diz que "sou o escultor de mim mesmo, tudo depende só de mim", mas tb acho que muitas coisas acontecem de uma forma que não temos escolha!!! Nos ultimos tempos aconteceram várias coisas assim na minha vida! Ou será que escolhi tudo o que aconteceu??? Bem, giro em círculos com meus pensamentos, então, o melhor a se fazer é uma retrospectiva dos fatos, uma auto-análise!Uma das coisas mais gostosas que fiz na minha adolescência foi o teatro!!! Adorava, me sentia realmente feliz, leve, chegava em casa e passava horas contando pra minha mãe como tinha sido a aula! Depois quando entrei no colégio, aquele mesmo, Franciscano, colégio forte, bom pra quem quer passar em medicina na Unicamp, ou engenharia na Usp, acabei deixando o teatro de lado pois tinha que pensar no vestibular. E foi assim que resolvi fazer jornalismo. Queria ser jornalista famosa, trabalhar viajando, repórter de programas do discovery, até virar âncora de um jornal bom. Mas eu nem gostava muito de ver jornal. Aliás eu não sabia nem o que era um jornal "bom". Comecei a fazer jornalismo...não gostei. Parei. Não gostava dos colegas, dos professores, das matérias, da faculdade. Ta bom, ta bom, não era tão ruim assim, as minhas expectativas é que eram outras, foi isso!!!Descobri então que queria conhecer melhor o ser humano, ir à fundo, entender às pessoas, descobrir os segredos, comecei então a fazer psicologia, santa ingenuidade! Mas foi muito bom. Fiz amigos maravilhosos. Adorava a faculdade. Aprendi a jogar sinuca. A tomar cerveja. A gostar de freud e a odiar a psicanálise. Vi que na teoria é fácil e na prática é bem complicado e vice-versa. Não descobri nenhum segredo, não entendi nenhuma mente, muito menos a minha. Mas descobri uma coisa que eu gostava muito, o desenvolvimento da criança. Como elas descobrem o mundo, como seus cérebros se desenvolvem e como tudo é perfeito nessa fase de plena e constante transformação. Gostei...mas, e daí? O que eu faço agora? Uma psicóloga que trabalha com crianças??? É. Pode ser, mas, como eu vou fazer isso??? Morria de medo de acabar virando aquelas psicólogas que dão orientação vocacional. Ou então aquelas que só sabem dizer: - "essa criança é hiperativa". Nada contra, mas, não seria feliz. E além do mais eu adoro crianças hiperativas. E foi mais ou menos nessa fase que a minha vida mudou de cabeça para baixo e eu acabei mudando de casa, de cidade, de estado, de idéias, de conceitos e de muitas outras coisas. Tranquei a faculdade, fui trabalhar no banco, e quando achei que tudo estava perdido, encontrei tudo que eu precisava, tudo que eu queria, mas ainda nem sabia. Foi lendo uma revista que tudo fez sentido. Vi então, que poderia colocar toda minha criatividade, a minha descoberta do ser humano, a minha sensibilidade e o meu desejo em um só lugar. Foi assim que eu descobri que queria ser Palhaça. Pronto. Achei. Voltei a fazer teatro. Aquilo que desde sempre me fez feliz e comecei a correr atrás, ou melhor, na frente de tudo o que me fazia realmente bem. Comecei a me entender melhor, a querer estar mais comigo mesma e a descobrir o que realmente eu gosto. E a assumir isso. É Chaplin, sou eu que escolho os meus caminhos, mas como diria Joseph Climber: a vida é uma caixinha de surpresas!

Nenhum comentário: