sábado, 3 de outubro de 2009

Cérebro eletrônico


" O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo

O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda

Só eu posso pensar
Se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar
Quando estou triste
Só eu

Eu cá com meus botões
De carne e osso
Eu falo e ouço.
Eu penso e posso."

É só eu. Só eu perco dois celulares em menos de dois meses também. Descuido? Destino? Ou descrença? É engraçado porque vivi quinze anos sem celular e fui muito feliz sem ele! Falava com quem deveria falar, tinha todos os meus contatos anotados na minha agenda ou na ultima folha do caderno de matemática, conseguia acordar pra ir na aula, ouvia musica no meu walkman da Sony amarelo e tirava foto com a máquina do meu pai e um filme da Kodak de 36 fotos. Era feliz assim! Hoje em dia fico três dias sem celular e ninguém me acha, não tenho o número de ninguém, não tenho como acordar, vou trabalhar sem música no metrô e quando vejo um passarinho no fio não tenho máquina para registrar o fato. Lembro quando ganhei o meu primeiro celular, aquele "tijolão" da nokia, sabe? Vc também deve ter tido um, era o máximo, vc podia comprar por apenas R$ 2,99 a música da pantera cor-de-rosa ou o hino do seu time e tirava a maior onda quando ele tocava...hihih!!!Ai, ai, hoje em dia vc manda e-mail, olha o orkut, escreve no blog, filma a festa de casamento da amiga, a sobrinha cantando, manda a foto do cachorro pro namorado, grava a professora de violão tocando na aula pra lembrar do ritmo em casa, e assim vai. Ficamos dependentes dessas "coisinhas" pensantes e falantes! Tenho saudade da pantera-cor-de rosa, mais ainda do telefone sem fio, é aquele mesmo, de latinha, barbante...

Um comentário:

Anônimo disse...

É verdade! O celular facilita muito nossa vida, mas cria um monte de vícios que não tínhamos. Aí fica difícil viver sem ele. Ou não? Como não depender dele? Como ser feliz sem ele? O que perdemos realmente quando o perdemos? Acho que é tudo uma questão de adaptação.