terça-feira, 6 de outubro de 2009

Confesso que vivi


“Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros. Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado.Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”
Pablo Neruda
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Meu livro de cabeceira do momento. Biografias são sempre interessantes, ainda mais quando o escritor é um grande poeta que consegue transmitir suas vivências com as metáforas do mundo e versos reticentes que nos contagia. o Livro é do meu pai, ele ganhou de um amigo, Artur, em março de 1977. Na dedicatória ele diz que comprou esse livro pro meu pai porque nele está vivo tudo aquilo que eles acreditam. Diz também que já viveram juntos uns bons anos e que viverão muito mais. Que juntos tornarão sólidas as suas crenças e terão a real consciência de que viveram. 32 anos depois, como diz a música "ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais", é claro que muita coisa mudou mas lendo essa dedicatória do Artur e essa biografia do Neruda posso dizer que tb é aquilo que eu acredito e que tb quero ter a real consciência de que eu vivi!!!

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